Família Zanatta
Entre os inúmeros imigrantes italianos que começaram a vir ao Brasil na década de 1870/1880, haviam 3 (três) irmãos: Detto (Benedetto), Doro (Isidoro ou Teodoro) e Bepi (Giuseppe).
Ao chegarem ao Brasil “Doro”, teria se desentendido com um irmão (possivelmente com Benedetto), e provavelmente tenha voltado para a Itália. Segundo relatos o desentendimento teria sido por conta de uma moeda. Benedetto e Giuseppe fixaram-se inicialmente em ‘Costreale’ interior do municipio de Garibaldi.
Chegando ao Brasil, os imigrantes italianos sentiram-se perdidos, pois viram destruído seu mundo cultural. Aos poucos, porém, conseguiram reconstruí-lo, com as devidas adaptações e de forma espontânea, tendo por referência fundamental a sociedade rural italiana de onde provinham. Este novo mundo girava ao redor da religião, dando a impressão de que fora dela, não havia outra forma de vida social. Num ambiente de cristandade, privados de participação política, geográfica e culturalmente insulados entre as montanhas, lutando quase até o desespero para sobreviver fisicamente no meio da selva, foi ao redor da religião que surgiram comunidades espontâneas de relações primárias - as capelas – as quais, por um bom período, pareciam cristalizar ao seu redor as formas todas de relacionamento religioso e social.
Antiga Igreja São Pantaleone, datada de 1899, localizada tualmente na Linha São Pantaleão - Garibaldi
Guiseppe e Benedetto residiam nessa comunidade e teriam ajudado na construção da Capela.
Benedetto, conhecido como “Moro”, existem documentos como a certidão de nascimento (italiana), dos fatos ocorridos no Brasil, como o casamento, óbito. Nascido em Camaló, Comuna de Povegliano (Treviso) em 26.04.1854, casou-se já aqui no Brasil com Cristina Veneranda Poli, em 15.06.1886. Cristina também imigrante italiana, casou-se com 20 anos de idade, e era filha de Pedro Poli e Carolina Bresciani. Benedetto e Cristina tiveram 10 filhos, e moraram inicialmente em ‘Costreale’ e depois em Coronel Pilar (“Sessanta”), de onde seus filhos se espalharam por diversos locais do Rio Grande do Sul. Benedetto faleceu em 05.10.1932, com 78 anos de idade.
Giuseppe (José) nasceu em 14.08.1867, na Comuna de Povegliano (Treviso-Itália), casou-se com Margarita Delazzari, nascida em 28.04.1873 também em Povegliano, filha de Giacinto Delazzari e de Anna Girardi. Giuseppe e Margarida residiam inicialmente em Coronel Pilar-RS.
Antiga casa de pedra de propriedade, na epoca, de Benedetto e Giuseppe - Coronel Pillar - RS.
Segundo relatos era usada para armazenar salame e vinho.
Posteriormente Giuseppe e Margarida mudaram-se para Sagrada Família (interior de Nova Bréscia), onde nasceu a maioria de seus 13 filhos: Luiz, Victório, João, Clorinda, Elias, Emília, Carolina, Eduardo, Cecília, Angelo, Olympio, Esther e Archangelo.
Cinamomo centenário resiste ao tempo na antiga propriedade da familia na linha Sagrada Família.
Giuseppe faleceu aos 63 anos de idade em 08.05.1930 e Margarita faleceu em 06.07.1943, com 73 anos de idade.
Margarida Delazzari e José Zanatta
Família Spessatto
As famílias Zanatta e Spessatto eram amigas e migravam juntas, ambas vieram da Itália, fixaram-se inicialmente em “Costreale” no município de Garibaldi, posteriormente em Coronel Pillar, e após em Sagrada Família.
Paolo Spessato e Tereza Catapan, vindos da Itália e moradores de Costreale, tiveram 7 filhos: Angelin, João, José, Anselmo, Celeste, Carolina, Paulo.
Paolo Spessatto faleceu aos 36 anos, deixando os filhos e a esposa, que logo após sua morte, adoeceu e foi internada em uma clínica. Anos depois casou-se novamente e mudou-se para Erechim, onde faleceu.
José Spessatto casou-se com Emilia Zanuz em 13/04/1905 no município de Coronel Pillar, onde tiveram 8 filhos: Angelim, João, Maria, Tereza, Dosolina, Ângela, Ana e Guilherme. Posteriormente mudaram-se para Sagrada Família
Angelim, João, José Spessatto, Guilherme,Emília Zanuz, Maria,Tereza, Dosolina, Angela e Ana
Linha Alto Jacarezinho (Sagrada Família)
No Principio esta localidade pertencia ao vizinho municipio de Encantado. A origem deste nome deve-se ao fato de estar situada nas nascente do rio Jacarezinho, principal afluente do rio Jacaré, local onde costumavam fazer belas caçadas de jacarés.
Os primeiros moradores, todos italianos migrados de Garibaldi (RS) foram: Angelo Tiecher, João Fachini e José Zanela , por volta de 1900. Mais tarde chegaram também: José Zanatta, João Delazeri, José Spessatto, Anselmo Spessatto e Vicente Delazeri.
Segundo relatos, foi nesta localidade que surgiu o primeiro moinho que pertencia a João Fachini. Em 1913 foi construída uma capela tendo como padroeiro a Sagrada Família.
Ângelo Zanatta, nascido em 10/07/1909, filho de Guiseppe Zanatta e Margarita Delazeri, casou-se com Dosolina Spessatto em 1º/06/1929 na localidade de Sagrada Família. Dozolina filha de José Spessatto e Emilia Zanuz, nascida em 1º/01/1910.
Dosolina Spessatto e Angelo Zanatta
Ângelo e Dosolina moraram por alguns anos em Sagrada Família, onde nasceram alguns de seus 12 filhos: Ana, José, Severino, Margarida, Angelina, Terezinha, Lúcia, Casemiro, Eliseu, Marlene e Lurdes. Posterior mente mudaram-se para Linha Salvação municipio de Relvado.
Eliseu, Severino, José, Jorge, Ana, Margarida, Angelina, Marlene, Terezinha, Lúcia,
Casemiro, Dosolina Spessatto, Lurdes, Angelo Zanatta e Lúcia.